segunda-feira, 5 de março de 2012

E mais uma vez eu me mudei...


Bom pela quarta vez eu me mudei, amem! E sabem depois da primeira mudança tudo fica tão mais complicado, quando eu cheguei aqui na primeira semana era apenas eu uma mala e um violão e hoje eu tenho praticamente uma casa completa pra carregar... bem sério. E como eu já imaginava não foi nada fácil a minha mudança, primeiro porque eu morava no terceiro andar e vualá escadas! Mas cada vez que eu me mudo, não é apenas as coisas materiais que eu mudo de lugar, não é apenas aquele espaço que eu deixo de ocupar e que outras pessoas irão vir a ocupar é algo a mais, até porque cada uma que passará por lá terá ou fará uma história diferente, mas o fato não é esse, o fato é que cada vez que eu me mudo de certa forma eu faço questão de enterrar alguns aprendizados e embrulhar outros para a viagem, afinal é um ano que eu passo em outro apartamento convivendo com outras pessoas e dividindo outros tipos de historias e até mesmo culturas, nesse eu chorei e sorri, mas muito mais que isso decidi dar grandes passos para a minha vida, foi o ano que eu entrei para a faculdade para finalmente fazer o que eu gosto e sou apaixonada, aprendi inclusive a não esquecer o entregador de pizza preso no prédio, olha quanta evolução. Eu sempre fui uma pessoa mais reservada quando o assunto são os meus sentimentos e tudo mais e sabe conviver dois anos com alguém que não sabe dos teus gostos não é lá uma coisa muito agradável, eu era fechada, sempre na minha, mas sabia do gosto das pessoas que dividiam o apto comigo, mans “nem tudo é como você quer, nem tudo por ser perfeito” – já dizia a letra, e ao tempo ia me acostumando com isso, mas isso também só foi até meio ano, porque depois eu comecei a morar literalmente sozinha, e é uma experiência um tanto quanto frustrada, você começa a dar bom dia para si próprio, a conversar com as almofadas, a reparar mais nos detalhes dos azulejos, periga até a ficar louco, ou não. Enfim, sai com uma bagagem bem pesada do meu antigo apto, agora carrego comigo apenas coisas leves, o que não irá me acrescentar deixei pelo caminho, ainda que o caminho seja meio curto, deixei. Trago em minha mala os meus sonhos, minhas fotografias e minha imensa vontade de ser feliz, independente de qual lugar eu esteja, independente de quem esteja ao meu lado, minha felicidade acima de tudo e a do Joe, claro, na porta do 403 deixarei também algumas saudades que por mais intensas que sejam ficaram melhores a sós com o silencio e com o vazio do que guardadas em meu peito. E ah, finalmente encontrei um apartamento que me lembra uma “casa”, tudo com o seu espaço correto e adequado, nada de sobras, tudo bem que ele é meio pequeno, principalmente no sentido de mal caber a minha mesa na sala e sim eu sei que ela deveria ficar na cozinha mas isso é algo humanamente impossível. E um novo projeto, junto com novos sonhos. 209

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