terça-feira, 20 de novembro de 2012

E eu gostava tanto de você



Eu gostava mais de você quando você se preocupava comigo, quando tinha propósitos e certezas, quando ainda pensava em dividir não apenas o seu café da manhã, mas toda uma vida. Eu gostava mais de você. Você era doce e me fazia acreditar que não existia ninguém lá fora, que éramos apenas nós dois e que o mundo era perfeito apesar de todos os defeitos. É, eu gostava mais de você. Eu sinto falta disso. Sinto falta de como você era. Lembro de quando você virava a noite acordado apenas para saber se estava tudo bem comigo, me ligava a cada segundo para ter certeza de que eu continuava ali. Às vezes chegava a ser um tanto quanto absurdo. Mas eu gostava. Minhas amigas diziam que era obsessão sua, que era paranóia, que você não confiava em mim. Eu jurava que era cuidado, que era amor. 

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Aos 50!



-          -Acho que vai chover. Se importa?
-          -Não, ta tudo bem. Vai ser perfeito não vai?
-         - Uhun.
-         - Ok, te vejo mais tarde.

Eu não me importaria se caísse o mundo naquele dia, ou se o sol resolvesse dar as caras e contemplar a nossa felicidade . Tudo estava perfeito, as rosas eram perfeitas. O nosso amor  estava perfeito. Lembro que o seu vestido molhou na beirada e você furiosa queria trocar, fez até o seu pai ir atrás de um na cidade. Que loucura! Você estava perfeita, você é perfeita. Sempre discutíamos sobre quem lavaria a louça suja na pia, e eu sempre perdia. Você vinha como quem não quer nada e me enfeitiçava e eu sempre caindo ao seus encantos fazia tudo o que você pedia. Sei que as vezes fui falho e ausente, mas sempre procurei me manter presente. Eu te jurei amor eterno, e aqui estou eu, renovando os nossos votos de casamento encima de uma pedra com nossos netos nos olhando e você me sorrindo. Você sempre me perguntou porque eu nunca desisti da gente. É simples, o amor por mais difícil e complicado que seja ele nunca desiste. Porque amor que é amor, não se deixa levar por dias tristes. 

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Nobody



Eu queria dizer que sinto falta de alguma coisa, mas eu não sinto.  Queria dizer também que me lembro de você, mas eu não lembro. Isso foi em decorrer do tempo, ah o tempo. Lembra que você dizia que nem o tempo era capaz de destruir ou corroer? Pois é, ele corroeu. Não sinto nada quando falam o seu nome, nem quando toca a nossa música, que há muito deixou de ser nossa e passou a ser de um outro casal feliz qualquer. Era uma boa música. Faz frio, é começo de janeiro e aqui faz muito frio. Logo já é março e março é o nosso mês, mas a quem eu engano, não existe nada mais nosso. Você deve estar em uma balada qualquer, com uma garota qualquer, fazendo-a sorrir e ela se for inteligente o bastante não irá cair no seu charme/sorriso. Como eu cai. Ah, o tempo. Eu estava numa conversa costumeira com as minhas amigas e do nada surgiu o seu nome, e uma delas me olhou buscando alguma coisa, e eu sorri e escutei atentamente elas contarem de como anda a sua vida, e de como você me superou, e o mais incrível é que elas buscam em mim alguma recaída, mas não há mais recaídas. É, o tempo me fez bem, você estava certo, era ilusão. Ou melhor, eu estava certa quando simplesmente me virei e disse que iria embora, sei que você não entendeu, confesso que nem eu. Mas a necessidade de estar longe de você foi maior do que a vontade de estar perto.

"Nobody said it was easy
It's such a shame for us to part"

O modo errado



Hoje, indiferente dos outros dias eu acordei com uma vontade absurda de fumar, não eu não sou fumante, mas gostaria de estar com um assassino em minha boca, pelo simples prazer de saber que eu poderia controlá-lo, que eu não o sufocaria nem o magoaria. Bom, o fato é o seguinte, eu estou cansado de dizer que eu amo o mundo, vendo que ele me renega o mesmo, isso dói.  Ou talvez eu não faça o bom proveito de que se era para fazer, talvez eu não saiba aproveitar. Eu amo. E isso é ruim. Porque eu amo por inteiro, não sei amar por partes, e hoje as pessoas estão acostumadas a amarem por partes, eu não sei fazer isso. Eu quero estar perto, muito perto. Eu quero abraçar, abraçar intensamente. Eu quero amar, e amar de verdade. É, é isso o que eu faço, mas faço de um modo errado. Gostaria de saber o modo certo. O modo não sufocante da coisa. Talvez desse jeito. Talvez me dessem jeito.

quarta-feira, 19 de setembro de 2012


“[...] o problema é que eu me iludo demais,
espero demais, acredito demais.
Nem sei se ainda ligo, já fora tantas e tantas vezes pela as quais eu enfiei os pés pelas mãos, já foram
tantas e tantas promessas jogadas ao vento que eu nem deveria me importar, ou achar que seria diferente, afinal nunca é.
Você sempre vai acreditar, sempre vai sonhar e sempre vai quebrar a cara. É besteira pensar ao oposto.
Seria tudo mais fácil se eu aprendesse que nem tudo é como eu sonho em ser ou como eu gostaria que fosse. Tenho que parar de esperar demais, isso acaba comigo, com o meu ego, com os meus sonhos.
Tenho que fazer por mim, dar o melhor de mim e esquecer que talvez, talvez, alguém possa fazer o mesmo.
Esse negocio de ficar esperando o melhor dos outros, é pura besteira, é pura bobagem, pessoas não mudam.
Se você pode fazer algo por alguém, faça-o independete se a outra pessoa faria o mesmo por você ou não, só não seja
bobo(a), iludido(a), não espere o melhor do outro, faça porque você acredita no mesmo. Faça pelos seus ideais, mas
em hipótese alguma decepcione alguém, por mais que o que você queira tenha um enorme significado, decepções são
marcas que o coração não consegue superar.”
DiárioDeUmaPantufa

Mor, vou te ligar!


Ligar-te pra pedir chamego,
para oferecer chamego.
Ligar-te apenas pelo habito de te ligar,
Ou talvez para oferecer algo diferente.
Ligar-te pra dizer que estou com saudade,
com anseios,
com medos.
Ligar-te pra lhe pedir um desejo,
Para lhe conceder um desejo.
Ligar-te para ouvir a sua voz,
Ligar-te para quem sabe até dizer-te algumas palavras.
Ou quem sabe, ligar-te apenas para dizer.
Te amo.

Ah, o amor


O amor ultrapassa barreiras, chega sem pedir licença, te domina e te derruba. Ele te leva as melhores sensações como te trás as piores também.
O amor é a base, o resto é caminhada, é jogo.
O amor é confiança, respeito, sincronia.
O amor é estar nas nuvens toda vez que ver a pessoa amada. O amor não muda, não mente, não fingi, tampouco o amor abandona.
O amor pode ser diversas coisas mas o amor nunca trai ou troca.
Mas o amor as vezes também se magoa, fica perdido, sem esperança, principalmente se um dos lados não sabe dar valor, ai o amor se recolhe guarda tudo o que sente e ai então adormece.




Doce Esquizofrênica


“Eu não quero me tornar fraco novamente.  Eu não quero ser aquele que vai te ligar pra pedir perdão mesmo sabendo que o erro da história é você. Até porque, sei que você não irá me atender, nunca atende.
Eu cansei de brincadeiras sem fundamentos, historias mal contadas, cansei até do seu sorriso sínico de quando aprontava pra mim. Cansei de tudo. Cansei de ver você e de me deixar cair por seu corpo por puro amor, amor esse que deveria ser guardado entre sete chaves. Não sei ainda o que estou fazendo aqui que não fui embora. Embora pra longe de você que só me trouxe problemas e incertezas.
Lembra de quando você me conheceu? Eu tinha tudo sobre controle, guardava tudo nos devidos lugares e não conhecia bagunça, agora tudo está jogando. Eu mal consigo me encontrar no meio de tantos lixos e destroços. Não sei como eu fui parar aqui, ou melhor, sei.
Desde o momento que você apareceu em minha vida foi isso, idas e vindas, escolhas, acertos e erros. Você só fica ai jogada em cima desse sofá sujo e fumando esse cigarro imundo. Bem que a minha mãe disse que você não era pra mim, bem que meu irmão mandou eu me afastar enquanto eu ainda tinha tempo. Por que eu não os ouvi?
Agora o que eu posso fazer? Fui condenado a viver esse amor que eu nem sei mais se é amor, nem sei na real o que é. Só sei o que não é. Mas o que eu faço com você, o que eu faço comigo? Se a cada vez que eu abro os meus olhos e não lhe vejo deitada ao meu lado eu quase acabo com o mundo a sua procura, porque tão desejada e amada assim. Por que tão desvalorizada.  Cada vez que eu me olho no espelho vejo que um dia mais eu envelheci e você? Nada acontece com você, você fica ai tão doce e fria, vendo minha vida sair dos trilhos e nada faz para se afastar de mim.
É melhor eu pelo menos largar a minha xícara de café.

Então Cresceu


É tão estranho como ao seu crescimento tantas coisas ficam para trás. Tantos sonhos se transformam em lembranças, tantos desejos de infância se tornam pó em cima de livros e formulas.
Você que antes sonhava em saltar de pára-quedas, hoje morre de medo de altura.
E você que queria ser piloto de f1, hoje se quer tem tempo para ver TV.
E ainda tem você ai que gostaria de ser um astro de rock, e hoje se quer pega num violão para sentir o acorde doce e melódico de uma música.
São quase meia-noite e eu estou sentada em meio de tantas bagunças e frustrações, lembrando de idas e vindas que a vida já me proporcionou. Ao som de “to aprendendo a viver sem você”, Detonautas. Me pego refletindo, pairando num espaço que não me pertence mais, num espaço que não é mais meu. Observo que quanto mais o tempo passa mais aprendemos a conviver sem  nossa eterna alma espoleta, sem nossa terra do nunca.
Pela quarta vez nessa casa vazia a mesma música toca, a mesma melodia triste e profunda de uma canção que transforma o vazio em pensamentos vagos. Mas até quando vamos aprender a viver sem esse Peter pan sonhador? Quanto tempo mais será necessário para nos permitirmos sonhar e viver, ainda possuimos esse tempo?
“ah, to aprendendo a viver sem você…
To aprendendo e não quero aprender” – Detonautas.
DiárioDeUmaPantufa