sexta-feira, 13 de setembro de 2013

A voz mais doce que eu ouvi

Notas de quem vos escreve. Antes de começar a ler este post, favor clicar aqui para acompanhar com a música. Ela é mágica, acreditem. Boa leitura! (:



A última coisa que eu desejaria neste mundo era desabar sobre você, e foi exatamente isso o que aconteceu. Desculpa. Mas foi mais forte do que eu. Desabei perante quem eu mais admirava e idolatrava como ser celestial. Um anjo? Sim, nos meus sonhos é você o anjo que me ilumina e fortalece. É você quem me faz seguir sem olhar para trás.

Abaixo de um céu estrelado e brilhante, logo abaixo das estrelas, ali, onde eu conseguia ser quem eu era. Onde eu não possuía medos ou incertezas. Ali aonde eu me sentia em casa. Eu desabei. Desabei com você me olhando nos olhos e me pedindo para não mais chorar. Desabei por sentir que não conseguia mais seguir em frente. Desabei por sentir vergonha e medo. Medo de perdê-lo, medo de decepcioná-lo. Medo de ser eu, quando eu na verdade queria ser um nada. 

Eu queria gritar, sumir, desistir. Eu queria sentir tudo, menos o seu olhar perante a mim. Daquele jeito que me desconcerta e concerta todas as vezes que eu tento sair de linha. Daquele jeito que me abala e me faz perder o ar. Daquele jeito tão seu, tão seu que agora é meu. 

Mas agora, depois de tudo. Eu preciso te dizer. Dizer que te amo, que amo mais até do que eu imaginaria te amar. Não apenas amo por estar comigo, amo por completo. Pela pessoa que você se tornou. Pelo amor que és. Foi ali, desistindo de tudo, e odiando meio universo que eu ouvi a voz mais suave e sincera que poderia pairar sobre a terra. A sua voz.

A ouvi recitar a frase mais linda, a declamar o amor mais sincero. O amor que não te abandona, o amor que te fortalece. Foi quando eu perdi, pela enésima vez, o chão e a decência e ali perdendo tudo o que eu possuía, novamente eu te encontrei. Te encontrei e voltei à mim. Te encontrei e resolvi lutar por nós. Mais uma vez, e pela primeira vez havia um motivo palpável pra seguir adiante. Havia você.


domingo, 1 de setembro de 2013

Certeza de um amanhã

Sempre soube que você nunca gostou do caos, mas gostava do caos que eu fazia na sua vida. Nem adianta fingir, que isso todo mundo sabe. Mas agora eu fico aqui me perguntando o que fiz pra tudo chegar aonde chegou. Digo, você aí, com este carinha novo, todo trabalhado no social e bons modos. E eu aqui. O menino problema, o garoto da causa. O garoto que ainda espera pela sua volta.

Antigamente você tinha bom gosto, ouvia Beatles, Led e até aqueles carinhas maneiros, os tais Mamonas. Mas agora não entendo. Sua vida está toda programada, me disseram que até uma agenda nova você têm. Faz ligações diárias, evita o contato face to face. Dorme cedo, acorda cedo. Cuida diariamente da pele e cabelo.

Confesso que ri quando me contaram, falei que seria impossível. Não você. Poderia ser uma outra qualquer, mas você não. Você tinha conteúdo. Lia diariamente sobre as estrelas e a vida lá fora. Tinha diversos livros sobre teorias e causas espalhados pela sua sala de estar. E se quer se preocupava em organiza-los, porque aquela era a sua ordem. Você falava sobre coisas do céu, da terra e do ar. E de quebra, possuia um amor inigualável pela anatomia humana.

Agora, este alguém que passa por mim e se quer sorri, este alguém eu não conheço. Também nem faria questão de conhecer. Se passasse por mim numa outra ocasião qualquer, eu faria questão de me afastar. Você procurou regras para a sua vida, enquanto possuia a liberdade plena sobre viver. Vez ou outra me pego pensando em que talvez eu tivesse sido a maior causa para esta sua causa. Ou talvez, você só procurou aquilo que sempre quis. O conforto e a certeza de um amanhã.