terça-feira, 30 de julho de 2013

Ela disse adeus

Ela disse adeus. Disse porque estava cansada, cansada de ver que nada muda, ou melhor, que tudo muda mas sem que assim ela queira. Disse também, porque era mais fácil dizer do que bater portas e gritar aos quatro ventos tudo o que queria. Disse porque nada mais ali valia a pena.

Mas ela não disse só adeus, ela fez antes disso, todo aquele teatro ensaiado digno de uma platéia e bons júris. Não gritou tudo aos quatro ventos, mas gritou a todo pulmão que não mais voltaria. E antes de cruzar a linha de saída deixou algumas lágrimas caírem. Deixou, porque já estava cansada de segurá-las e ser forte.

Força. Era o que ela mais se cobrava ali, e era o que talvez ela mais sentiria falta. Não de um amor, ou de uma dor, mas sim da força que ela fazia por sempre querer juntar e remendar tudo o que estava em pedaços. Mas agora, diferente de antes, ela iria embora.

Antes ainda de fazer seu teatro e gritar para todos ouvirem, ela se deu ao luxo uma última olhada ao espelho, encarou o seu batom vermelho e criou coragem. Coragem feito de beleza. Coragem com unhas vermelhas. Era hora de partir. Então decidida, ela se virou e disse; Adeus.

Não um adeus comum, daqueles que meia hora depois de muito choro a faria mudar de ideia, nada disso. Um adeus para não mais voltar, um adeus que marque a ferro e sangue tudo o que eles viveram até ali. Um adeus para a sua velha e boa companhia, porque agora decidida, ela seria outra mulher. Uma mulher mais forte e corajosa. Uma mulher com seus batons e unhas vermelhas.


obs: texto baseado na música "ela disse adeus" dos grandes Paralamas do Sucesso. 

sexta-feira, 26 de julho de 2013

Caixinha de Surpresas

OBS; Esta música é pra ouvir com o texto, porque sim. 


A vida é como uma caixinha de surpresas por mais que saibamos como ela é, não sabemos qual surpresa ela nos dará. Fazemos escolhas, acrescentamos conhecimento, levantamos e caímos. Fazemos de tudo. E ainda sim, não fazemos nada e, achamos tudo uma perda de tempo. E essa perda pode ser o nosso maior acréscimo.

Ah, a vida. A vida é estar por aí sorrindo feito criança, brincando feito criança, fazendo drama feito criança. É ser criança. Ser criança e estar atento aos erros e acertos. Cair e levantar, e ainda assim assistir uma linda e bela reprise de todas as quedas. É chorar copiosamente por tudo estar errado e mesmo assim achar graça dos próprios soluços. É ter ou não ter esperanças na próxima rodada do jogo, mas ainda sim continuar jogando.

Infelizmente as coisas não são sempre como nos seriados de Tv, onde o personagem principal sempre se dá bem. Há sempre estes picos de altos e baixos, que vão do extremo e te levam ao extremo. E também, qual seria a graça de tudo sempre dar certo? Ah, ok. As vezes as coisas poderiam ser mais simples e fáceis, é poderiam sim. Mas e depois? Depois de passar aquela euforia sobre tudo estar bem, sobre tudo andar muito bem. Qual seria a graça de continuar tentando e sempre dando o melhor de si quando você já sabe o resultado?

Pegar a rota errada, se perder e mesmo perdido se encontrar. É meio louco, mas se pararmos pra pensar todas as vezes que nos metemos em alguma furada no final tiramos alguma boa lição. E essa caixinha de surpresa sem limites é a vida. Seguir em frente e ter um motivo para assim seguir. Acreditar, desistir, sonhar.

Dar sempre o melhor de si, não significa que você estará sempre no topo, significa que você está apto para sempre seguir adiante. É como dizem, perder não é o fim do jogo, mas desistir sim. Desistir é assumir que você não se preparou o suficiente, e perder é mostrar que faltou pouco para você chegar a perfeição. Aí é onde você deve procurar dentro de si uma motivação ainda maior, porque você está apto para sonhar ainda mais alto, e assim alcançar as estrelas. Porque é lá onde os seus sonhos se tornam realidade. 


segunda-feira, 22 de julho de 2013

Além dos erros

Eu não sei como chegamos aqui, ou como não chegamos ou se chegamos esquecemos de parar em algum lugar. Eu me esforcei, te entendo e me entendo também. Éramos parecidos demais, unidos demais, amor demais. Mas não éramos amor.

Ainda não sei que direção seguir agora, agora que sei que com você não haverá direção alguma. Sei que é melancólico e triste pensar assim, mas se eu não pensar desse jeito de que jeito eu vou pensar? Eu só lhe peço desculpas. Desculpas pelos meus gritos desafinados, pelos pratos e copos atirados. Por ter sido tão eu, quando deveria ser um nós.

Eu só não entendia como poderia dar certo algo tão incerto. Nem mesmo sei como te pedir estas desculpas, nem sei com que cara te dizer estas verdades. Pois, foi eu que te fiz entrar neste jogo, cair neste meu mundo sem ao menos perguntar se assim você queria fazer. E quando você se mostrou presente eu flertei e te fiz sair. Te fiz sair porque não me sentia mais eu. Não sentia mais que o meu mundo ainda era meu, porque ele virou tão seu.

Foi aí que eu me desprendi, mudei e me libertei. Saí sem rumo algum procurando por mim enquanto só você permanecia ali, como sempre, eu soltei você. Não foi por amor, nem por desamor. Nem sei o porquê de ter feito tudo isso, o nosso destino era certo, tínhamos um rumo por seguir.

Mas agora eu sei, sei que só mudei a direção, mudei e esqueci de te avisar que gostaria de viver só. Sem você e seus anseios, seu cheiro e jeitos. Sinto que lhe devo algo, algo que ainda não é meu e que quem sabe nunca foi. Mas sinto que devo. O espaço ainda é o mesmo, a minha alma ainda é a mesma. Só os passos que não são os mesmos, pois agora ele são sozinhos -não tristes- e solitários.


"Me despeço dessa história
E concluo: a gente segue a direção
Que o nosso próprio coração mandar,
E foi pra lá, e foi pra lá."



Baseado na música "Assinado, eu" da Tiê. 


terça-feira, 2 de julho de 2013

sobre as estrelas

Eu decidi falar sobre as estrelas, porque foi através delas que eu descobri o meu amor. Foi através delas que eu desisti de tudo. Foi através delas que eu me reergui. Hoje nem mais sei ao certo quem sou, mas ainda consigo seguir um rumo traçado por mim mesmo. E olha que não está sendo tão fácil assim.

Hoje, diferente dos outros dias eu não tenho muito o que lhe contar. Quem sabe uma canção. Quem sabe eu apenas peça uma xícara de café. Quem sabe eu não lhe fale nada. Mas quem sabe depois podemos voltar à nossa conversa e fingir que  nada é nada. Ou ainda se preferir, comentar sobre tudo o que nos atrapalha e sobre tudo que nos atrapalhou.

Agora ao invés de dizer tudo tão enrolado e sem nexo, eu poderia simplesmente dizer que você faz falta. Mas seria tão Piegas que eu ficaria com vergonha de tamanha façanha. Por isso ainda não disse nada. Por isso ainda nem comecei a dizer o que estou pensando. Mas espero que um dia você saiba. Só não fique triste caso eu não contar.

E voltando as estrelas, e a sua eterna cumplicidade em minha vida eu gostaria de ressaltar alguns pontos. É lá onde os sonhos se tornam realidade. É lá onde tudo acontece e ninguém sabe. É lá que eu quero estar. Enquanto eu estiver mirando na lua eu sempre estarei acertando uma estrela, e enquanto eu estiver acertando as estrelas eu saberei exatamente aonde eu quero chegar/estar.

E agora falando sobre você, tenho que falar sobre o seu abraço. Seus braços. Estes braços que agora se tornaram tão meus quantos seus. Seu braços e abraços que já não consigo ficar sem. Seus abraços que começaram a fazer sentido e a fazerem falta depois daquele céu estrelado. Lembra o que eu lhe falei? São as estrelas. Elas que fazem toda esta magia, elas que fazem toda esta diferença. E agora? Agora eu fico aqui, lembrando e pensando nos seus braços que agora são os meus abraços.